Diminui número de cesáreas e episiotomias no parto normal, diz pesquisa - Cabeça de Criança

Diminui número de cesáreas e episiotomias no parto normal, diz pesquisa



Imagem de Sanjasy por Pixabay

Uma pesquisa realizada pela plataforma digital BabyCenter Brasil com 3.500 mulheres que tiveram bebê em 2018 mostrou uma queda na realização de cesáreas agendadas e em relação ao último levantamento feito pelo mesmo site em 2012.

De acordo com a sondagem, o número de cesarianas agendadas caiu de 46% em 2012 para 35% em  2018. Mas, quando os números de atendimento privado e do SUS são separados, eles divergem bastante.

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Segundo a editora do BabyCenter Brasil, Fernanda Ravagnani, considerando os nascimentos cobertos por planos de saúde, a proporção de cesarianas agendadas caiu de 58% para 49%, enquanto no SUS a proporção subiu um pouco, de 13% para 16%. “É importante destacar que aqui estamos falando de cesarianas marcadas com antecedência, não do número geral”, afirma a editora.

Segundo o BabyCenter, essa queda nas cesáreas agendadas é reflexo, entre outras coisas, da resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que, em 2016, determinou que as cesáreas só podem ser agendadas depois de 39 semanas de gestação.

Sobre a quantidade geral de cesarianas, em 2018, elas representaram 66% dos partos, contra 72% de 2012. Considerando apenas o SUS, a proporção de partos por cesária cresceu de 44% para 48%. Os números diferem dos dados oficiais (Datasus) para a proporção de cesarianas, que em 2017 indicavam uma proporção geral de 56% de cirurgias.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma taxa entre 10% e 15% de cesarianas seria a mais adequada para cobrir os casos em que há indicação médica e benefício à saúde.

Episiotomias
O número de episiotomias realizadas no parto normal também caiu significativamente. Em 2012, 71% das mulheres que tiveram parto normal relataram ter sofrido a episiotomia. Em 2019, na pesquisa relativas a partos de 2018, esse número caiu para 33%.

A episiotomia é um corte cirúrgico apelidado de “pique”, feito na área do períneo da mulher para supostamente facilitar a saída do bebê e evitar lacerações, que são “rasgos” ou cortes que podem acontecer durante o parto. Mas tanto a Organização Mundial da Saúde quanto o Ministério da Saúde recomendam que a episiotomia não seja realizada como rotina.

A pesquisa mostrou que a redução nas episiotomias aconteceu tanto nos partos realizados pelo SUS quanto nos partos cobertos por planos de saúde. Segundo o levantamento, não houve aumento na incidência de lacerações naturais mesmo com a redução de episiotomias.

 

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